
A Besta. Desenho animado de 09/02/2025 em CTXT
Uma das mais recentes proezas de Donald Trump para colonizar a agenda mediática foi a ideia de transformar Gaza na "Riviera do Médio Oriente".
Isto não deve surpreender ninguém, pois sempre foi a única estratégia do fala-barato e da sua laia. O caos pelo caos. Quando não é fanfarronice, é mentira, ou ambas.
Vale a pena lembrar que, no seu primeiro mandato, Trump fez uma média de seis declarações falsas ou enganosas por dia no seu primeiro ano como presidente, 16 por dia no seu segundo ano, 22 por dia no seu terceiro ano e 39 por dia no seu último ano. Por outras palavras, demorou 27 meses a chegar às 10.000 mentiras e mais 14 meses a chegar às 20.000. De acordo com o rastreio do Washington Post, Donald Trump atingiu e ultrapassou as 30.000 falsidades ou meias-verdades em menos de um ano.

Foi esse o legado que deixou do seu primeiro mandato. Uma enorme montanha de mentiras, tretas e insultos. E voltaremos a ver a mesma coisa porque não têm outra forma de sobreviver.
Não importa se é apenas ruído, porque em breve o encobrirão com outro ruído, para que não tenhamos tempo de processar o que estão a fazer na sala das traseiras e em público.
Mas também não se pode ignorar que, por detrás do barulho, há também muitas pistas sobre as intenções. O magnata laranja, multimilionário graças ao negócio de tijolos herdado, iniciado pelo avô e continuado pelo pai, não consegue esconder que lhe está no sangue. E onde há destruição e genocídio não vê pessoas, apenas grandes empresas em reconstrução para acabar de tosquiar, retalhar e colonizar a Palestina.