Caso ainda não tenha ouvido falar, a partir de 14 de outubro de 2025, a Microsoft deixará de fornecer actualizações gratuitas do software Windows Update, suporte e correcções de segurança para o Windows 10.
Nada de anormal até agora, mas esta tem sido uma das acções mais vorazes da Microsoft nos últimos anos. Muitos utilizadores não poderão atualizar para o Windows 11. Isto afecta um bom número de utilizadores do Windows 10, a última melhor versão (com as devidas desculpas ao Windows 7 Pro 64bits) que ainda tem mais de 60% de quota de mercado.
O que é preocupante é o fim das actualizações de segurança. A partir dessa data, o sistema estará em risco e o perigo aumentará com o passar dos meses. Além disso, haverá os habituais problemas de incompatibilidade, uma vez que os programadores deixam de suportar potenciais versões de software compatíveis com o Windows 10.
Caso o seu computador com Windows 10 seja um pouco antigo, ou não tão antigo, a atualização para o Windows 11 é complicada devido ao requisito do TMP 2.0. Embora seja possível atualizar perdendo o suporte e as futuras actualizações. Em caso de emergência, é sempre possível reinstalar o sistema operativo a partir de uma nova ISO, mas isso não é algo que o utilizador médio considere.
Outra forma é abandonar o Windows e mudar para o Linux (sabem, este é o ano do Linux no ambiente de trabalho XD) e, se precisarem do Windows para algo específico, deixem-no instalado numa partição e não o liguem muito à Internet. Esta mudança também não é algo simples ao alcance do utilizador doméstico médio.
As alternativas para as empresas que não queiram renovar o hardware são pagar o programa Extended Security Update(ESU), uma extensão das actualizações de segurança do Windows 10 durante um ano e por um período de tempo a determinar.
Estes são os emails que a Microsoft envia aos utilizadores do Windows 10. Basicamente diz que se não for possível instalar o Windows 11, que comprem um novo computador.
Não me vou alongar mais sobre o assunto porque há imensos links na net onde se pode aprofundar o assunto. A questão é que, no meu caso, nem a minha motherboard nem o meu processador conseguem correr o Windows 11 e isso implicaria a substituição de ambos e, consequentemente, também da RAM. Em suma, as três coisas mais caras da máquina.
Tenho estado a explorar as diferentes alternativas e, apesar de o Windows 11 não me deixar satisfeito, decidi fazer uma renovação do hardware, comprar os componentes e instalá-lo numa nova caixa, porque tudo isto já está bastante desgastado após quase 14 anos.
Irrita-me porque funciona perfeitamente bem, com as suas limitações e falhas devido à sua idade, e provavelmente poderia tê-lo usado durante mais 10 anos, mas há ferramentas que não quero deixar de usar para o meu trabalho e que têm um mau substituto no Linux. Para além disso, já tenho um modesto Raspberry Pi 400 com uns escassos 4GB de RAM para mexer no Linux e um velho portátil herdado que já não é compatível com o Windows 11.
Pode dizer-se que a decisão também foi influenciada pelo fator "capricho" e que a minha consolação para a despesa (ou investimento, dependendo da forma como se encara a questão) é que pouparei bastante dinheiro se utilizar a minha atual fonte de alimentação, ventoinhas e placa gráfica e se for eu a instalá-la.
Depois de poupar alguns euros e de fazer uma verificação exaustiva dos preços, já comprei os componentes necessários e comprei a placa, o processador, a ventoinha da CPU e a caixa (que já está a mostrar sinais de idade e tem alguns restauros feitos à mão).
A minha intenção é explicar aqui a montagem quando chegar a altura de deixar conselhos e opiniões sobre a minha experiência, que é o que costumo fazer para ter a minha própria fonte de consulta quando preciso de reparar ou modificar alguma coisa. E no caso de ser útil a mais alguém.
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