Se tivesse de enumerar por ordem de importância as peças necessárias para construir um PC de raiz, a caixa ou chassis estaria sempre no topo da lista, a seguir à placa-mãe.
E a explicação é simples. Uma série de factores-chave para um bom desempenho dependem da caixa, o que também facilita a sua montagem e posterior manuseamento para limpeza e manutenção ou substituição de elementos.
Espaço suficiente. Ponto importante a ser observado. A largura máxima deve permitir a instalação de dissipadores de calor grandes para a CPU (e poupar a altura dos módulos de RAM que não sejam de baixo perfil). Se não tiver isto em conta, pode um dia pensar em mudar o dissipador de calor e dar por si com a desagradável surpresa de que não cabe e não consegue fechar a tampa. O ideal é adquirir uma caixa com uma altura máxima do dissipador de pelo menos 175 mm. Todos os dissipadores de calor e caixas indicam normalmente esta medida.
Se se preocupa com o silêncio. Se está à procura de uma caixa silenciosa, verifique se está bem isolada e considere a possibilidade de melhorar o nível de ruído substituindo as ventoinhas normais, se a caixa as incluir.
Boa conceção do fluxo de ar. Uma boa conceção do fluxo de ar é essencial. Certifique-se de que a sua caixa lhe permite jogar com pelo menos duas configurações possíveis de fluxo de ar e, se não for possível, tente confirmar se o design proposto pelo fabricante proporciona um arrefecimento eficiente.
Acessível. Tente escolher um chassis que permita um acesso rápido e fácil a todos os seus cantos e que não exija manobras complicadas de desmontagem e montagem. Para o efeito, consulte vídeos e análises onde possa ver uma montagem completa da caixa escolhida.
É uma mala robusta? A qualidade dos materiais utilizados nas tampas, dobradiças e outras peças móveis ou amovíveis é algo a ter em conta. Na medida do possível, procure saber quais as peças mais fracas ou mais susceptíveis de se partirem com a utilização. Pode sempre perguntar onde vê uma crítica publicada.
Estética. Deixo este ponto no fim da lista porque, pelo menos na minha opinião, todos os pontos anteriores são básicos e, se forem cumpridos, a estética da caixa pode ser um pouco sacrificada se for eficiente.
Escolhi um par de modelos de caixas fechadas da Antec que são anunciadas como sendo silenciosas e optei pela P10C porque é ligeiramente mais barata, maior e um pouco menos pesada do que a alternativa, a P101 Silent, e partilham a mesma largura.
O produto chega na embalagem correta e com a proteção habitual.
Há mais informações no exterior da caixa do que no manual (quase inexistente), que se limita a uma pequena brochura desdobrável com gráficos (também disponível em PDF) com muito poucos pormenores sobre a montagem. Também não há muito mais na página do produto.
Desta vez, a Antec não se esforçou muito. A minha antiga caixa da mesma marca incluía um manual muito completo e pormenorizado. Compreendo que a instalação da maior parte dos componentes não tem mais ciência do que encaixá-los no espaço correspondente, mas teria sido apreciada mais alguma informação, medidas e conselhos.
Na parte inferior, ao lado da fonte de alimentação, encontra-se uma caixa de cartão branca dentro de um compartimento de unidade que contém o manual resumido da caixa e do controlador da ventoinha, incluindo hardware, algumas pequenas braçadeiras pretas para cabos e uma tira de velcro (existem mais duas na caixa sobre a cablagem).
Começarei pelo fluxo de ar, porque a Antec tem um design que não me agradou à primeira vista. A caixa não tem uma saída de ar no painel superior e sugere a adição de uma ventoinha por cima da fonte de alimentação para puxar o ar para a placa gráfica. De facto, uma versão anterior deste modelo, denominada FLUX, inclui essa ventoinha de série e a tampa lateral esquerda (olhando para a caixa de frente) com uma grelha de entrada de ar.
*Todas as ventoinhas padrão (não-PWM) incluídas na caixa foram substituídas pelas ventoinhas Noctua NF-A12x25 e Arctic P12 Slim que utilizei na minha caixa anterior.
A vermelho, os que extraem ar (escape) e a azul os que introduzem ar (admissão) e os pontos de entrada de ar.
Esta análise continua na página 2
